domingo, fevereiro 28

Encontrando[-me]... [1]

" Amar deve ser isto: deixar partir aqueles que amamos, porque, se os amamos, já os temos para sempre connosco. Amar talvez seja a melhor forma de ter alguém, e ter alguém talvez seja a pior forma de amar. "






[Margarida R.P. - Alma de Pássaro]

sábado, fevereiro 20

passa[gem]

...
porque a vida continua a passar por mim e a ver-me de braços cruzados, sentada numa esplanada de café... à espera de um vendedor de balões [de sonhos?]

...
a vida continua a passar e eu continuo aqui à espera que passes com ela!

...
continua a passar e, por mais que [eu] feche os olhos, continuo a ver-te diante de mim.. como antes, como sempre.


...
Para ti, faltam-me sempre as palavras.
Porque, sabes?
Eram precisas demasiadas palavras para descrever o quanto és importante para mim... quase tantas como inventar um novo dicionário!
Fazes-me falta.

terça-feira, fevereiro 16

Coração de porcelana

- Queria um abraço...
- Fecha os olhinhos.. imagina que te estou a apertar muitoooo
- Precisava mesmo dele...

Não consigo aguentar[-me] mais, ser forte, quando sei que parte de mim foi-se no domingo.. no mesmo momento em que fui obrigada a dizer adeus.. No mesmo momento em que vi quem amava partir, deixar-me. No mesmo momento em que me senti ruir... em que senti que dentro de mim rebentava o mar.
As palavras vão-se.. Ficaram presas naquela rosa branca. Nos tantos abraços trocados.

- Preciso de um abraço.

Tenho dentro de mim um pedido silencioso de socorro, de conforto.. Um grito que teima em não sair.. Um mar que teima em não rebentar, rebentando por dentro.
No fundo, só não me perdoo ainda. Não me perdoo nunca te ter olhado nos olhos e ter-te dito o quanto me eras importante.. nunca te ter dito que gostava realmente de ti.. o quanto és importante.. o quanto a tua presença e o saber que te veria em qualquer altura foi importante durante aqueles quatro anos.. o quanto os sorrisos, o conforto e as palavras sempre certas me davam alento.. o quanto me soubeste transmitir força e dar segurança de cada vez que o meu mundo ruia. Agora foste.. e ainda não entendo porquê! Foste..

- Preciso realmente de um abraço!

Faltas tu para mo dar. Faltas tu para me dizer que 'vai tudo correr bem'. Faltas tu para acreditares em mim quando nem eu própria acreditava que era capaz.
Foste.. E quem ficará.. e será capaz de ser tudo aquilo que foste?
Mas tu foste.. quem será capaz de [me] consertar?
Foste...


Até amanhã.
Será sempre, amanhã...




[Foste e levaste parte de mim!
Cuida de mim.
Sei que cuidarás!]

Uma professora, uma amiga... uma segunda mãe!
Para sempre.

terça-feira, fevereiro 2

Eternas crianças.

Apetece-me sair a correr, agora mesmo e ir ter contigo. Dar-te um abraço forte, aninhar-me em ti e explodir. Lembras-te quando, sentada contigo no chão, na relva ou noutro sítio qualquer me deixava simplesmente soltar? Deixava-me simplesmente explodir? Queria tanto. Queria tanto sentar-me contigo no chão e libertar-me!
As pessoas são estranhas. Poucas, muito poucas gostam de se sentar no chão. E aquela que encontrei que gostava de o fazer, foi embora. Ou vai.
Quando crescemos, sentar no chão parece-nos sempre inapropriado. Sentar no meio da rua só porque sim, não se ajusta nos padrões que estabelecemos como certos. E por isso nós gostávamos de o fazer. Porque sempre fomos diferentes. Em tudo. Até na nossa amizade o éramos (somos!). Sempre quisemos marcar pela diferença. Sempre gostamos de ser crianças e, se nos olhassem de lado por isso, nos riamos.
Ninguém percebe (ou então sabem, percebem, mas não o querem admitir) o quão é bom sentar no chão. Rir. Chorar. Qualquer coisa era boa naqueles momentos! Nos nossos momentos!
Apetecia-me sair a correr. Ir ter contigo. Dar-te um abraço e dizer-te, mais uma vez, o quanto me és importante! Lembrar-te o quanto me és especial e o quanto preciso de ti. Porque tu sempre foste aquela que conseguia ter tudo de mim. Aquela que me fazia falar, mesmo nos piores dias. E tinhas sempre as palavras certas.. e, quando estas faltavam, tinhas sempre um abraço seguro.
Apeteceu-me, apetecia-me e apetece-me sair a correr. Ir ter contigo. Fazes-me falta.
Contigo era sempre tudo diferente. Contigo sabia que nunca caminhava sozinha. Que nunca chorava sozinha. Que nunca estava sozinha.
Tu tinhas sempre uma mensagem, um post-it, um recado rabiscado num sítio qualquer... um sorriso.
... Ir ter contigo.
Só para ter a certeza que ainda continuas aí!





[As forças faltam-me para correr. Anda, por favor, e senta-te comigo. 
Não quero mais sentar-me sozinha neste chão que sei de cor!
Abraças-me?]