.
Apetece-me chorar. Quero chorar.
... mas não consigo. Não sou capaz. [Não] mais...
É que esta tua ausência fere-me e todos os dias são dias de chuva.
A distância diz-me que já não há nada que possa chamar 'nosso'.
Não há u[m] 'eu' sequer.
E todos os dias são dias de chuva...
Apetece-me escrever. Quero [escre]ver.
... mas [não con]sigo. [Não] sou capaz.
É que tu roubaste-me as palavras. Levaste-as na mala.
Nessa bagagem que não levaste.
Deixaste-a ficar no comboio quando decidiste que não era [aqu]ela a direcção que [quer]ias seguir.
Simplesmente mudaste.
De [des]tino. De ti?
E agora todos os dias são dias de chuva...
Apetece-me gritar. Quero [grit]ar.
... mas não con[t]*[s]igo.
É que a minha voz afinal era a tua.
O meu rosto era o teu.
Tudo em mim eras tu.
Mas tu foste.. E eu fiquei sem nada.
Sendo nada.
E nem um sorriso me deixaste.
Apenas me disseste que todos os dias seriam dias de chuva...
Apetece-me fugir. Quero [fug]ir.
...
... posso?
3 comentários:
Boas palavras.
Brilhante!
[Os elogios mais belos são aqueles que te digo com o olhar!]
*
podes, sempre que quiseres.
gostei dos jogos de palavras.
Enviar um comentário