quarta-feira, novembro 18

[na]s[c]er!



[09-09-09]














É sufocante o desespero de quem espera. Ver o tempo a aproximar-se mas ter a sensação que tudo parou e tudo anda ao contrário. Ver os relógios com horas sempre iguais e o sol sempre no morrer, nunca no [na]s[c]er.
É o desespero de quem se senta num banco de jardim à espera de uma esmola. Ou de um músico que [se de]para com trinta [com]passos de espera. Ou de quem anseia pelo [re]encontro. Ou de um estudante antes do seu exame final. Ou...

É o desespero. É desesperante.

Querer mudar o tempo. Acelerar, abrandar, mudar de mudanças. Fazê-lo correr, fintar os segundos e marcar horas.
Mas o relógio ficou sem pilhas. Esquecido na parede, onde ninguém lhe deu à corda. E ele já não bate as horas.
O relógio parou. O tempo parou. O mundo parou. A vida parou.

Só eu continuo aqui, à espera que o tempo mude, acelere e faça um sprint até ao final. Ganhe. E eu ganhe com ele.






Alguém tem, por favor, um
relógio e me diga as horas?

3 comentários:

Moita disse...

pior é quando sabemos que não temos mais nada a esperar...

qel disse...

«É sufocante o desespero de quem espera».
Sabes, estes dias disseram-me que a tolerância é a paciência concentrada. Eu acho que essa tal 'concentração' só depende de cada um de nós e da nossa força de vontade..
E fico-te grata por mo dizeres, que vais tentar tirar um tempinho para espreitar no meu cantinho.. :) *

Schwarzery disse...

E quem espera pelo que perdeu?