quarta-feira, janeiro 6

Eu sabia que vinhas...

"Eu sabia que vinhas..."

Sabes, tenho medo de te perder. É que, ao perder-te, tenho medo de me perder. Perder-te seria perder-me. Perder-te, seria perder uma parte de mim. Porque contigo encontrei-me de novo. Encontrei o mais importante de mim... o meu sorriso.
Tenho medo que perder-te signifique ter os dias sempre iguais novamente. Porque tu trocaste os meus dias sempre iguais por meia dúzia de sonhos ali na loja da esquina.
Por isso mesmo, ter-te significa ter a [in]certeza do amanhã alojada em mim.



Ter-te significa sempre um "talvez".
Ter-te é ter-me.
[porque tu vieste e trocaste os meus dias sempre iguais pela [in]certeza do talvez!]


... os meus [dias sempre igu]ais tornaram-se [in]certos.
O hoje já não é igual ao ontem, nem será certamente igual ao amanhã.
Ter[-te]. Perder[-te].

Quando é que tudo começou?
Começou?





"Eu [sab]ia [qu]e tu [v]i[nh]as..."




[porque não se pode acabar uma história que ninguém começou. É por isso que nós somos ninguém. É por isso que não há nada para acabar.]

2 comentários:

Catarina. disse...

Sabes que apesar de nada haver para acabar, há algo que termina. É uma história. A vida são histórias.

Nós somos historias, sem inicio convencionado, outras com um fim oficial... tantas e tão diferentes, mas sempre historias!

Sabes disso.

E não risques essas frases. Porque não podes riscar nem histórias, nem fins nem inicis, nem pessoas.

Há algo para acabar. Mesmo que nunca tenha tido um nome concerto, eu chamar-lhe-ia felicidade.

E a felicidade não re risca!

Adoro,te. Sp'

qel disse...

aprecio mesmoa maneira como brincas com as palavras, literalmente. Encontras palavras dentro de palavras, acho isso fascinante! *