sábado, maio 31

. ausência de cor *


Esta ausência de cor consome-me. Corroe.
Lembras-te da última vez que te escrevi? Dessa vez dizia que era a tua ausência que me corroia .. como um gás.. como o grisú (o gás das minas que mata aos poucos)! Agora.. Agora não é só a tua ausência. É a total ausência de vida.. de cor. Ou terá sido a tua ausência que me trouxe a ausência de cor?

Já não há azul, rosa ou vermelho.. nem o verde que tanto gostas. Há branco e preto. E esse branco e preto é o sufiente, dizes tu. Mas nunca te apercebes-te que, na minha vida, o branco e preto é gás que mata.
Eu preciso de cor! E tu roubaste-a. E escondeste-a. Ou terás mesmo destruido a pouca cor que ainda havia?
Eu preciso dessa cor. Preciso da cor de volta à minha vida.


Preciso de acordar e sorrir com o azul do céu.
Preciso de sair a rua e ver o verde da natureza que tanto gosto.
Preciso de me sentir aconchegada pelo amarelo do sol.
Preciso de reclamar por o céu ficar cinzento.
Preciso de, à noitinha, poder procurar o
prateado (ou branco?) das estrelas.

Preciso de cada pedacinho de cor que existe à minha volta, no mundo.
No nosso mundo.






Devolves-me a cor, por favor?

2 comentários:

Rui Lourenço disse...

Posso oferecer-te um arco-íris? ;) *

Anónimo disse...

olá!